Paisagem quimérica

2011-2014


The Chimeric Landscapes series was born from the confluence of several previous series. From Móbiles came the fracture of space and overlapping horizons, a way to expand the narrative space of the landscape. From the Brazilian Landscapes series, I brought references to the continental landscape, both on the coast and inland. When going through these various landscape sets, I always remembered, at certain times, similarities and possibilities of dialogues with different moments of the landscape tradition, and possibilities of dialogues with more idealistic traditions of Italian art, or with the naturalism of English and French art, as well as the romantic aspects of the Flemish and Germanic traditions, not to mention the Luminism of the Hudson River School and those of our heritage of traveling artists in Brazil. All of this was evoked in syntheses suggested by the actual landscape itself, the one that was being seen, establishing this constant pulse of interchange between nature and culture. Later, in the studio, inspired by the memory of those moments, I composed some capricci, panoramic fantasies built with the synthesis of all these references. As sketches of a universal landscape, not only of nature, but of culture.

Paisagem quimérica

2011-2014


A série das Paisagens Quiméricas nasceu da confluência de varias séries precedentes. Dos Móbiles veio a fratura do espaço e os horizontes superpostos, uma maneira de expandir o espaço narrativo da paisagem. Das séries das Paisagens brasileiras, as referências da paisagem continental, tanto da costa quanto do interior. Ao percorrer esses vários conjuntos paisagísticos, sempre me vieram à lembrança, em determinados momentos, semelhanças e possibilidades de diálogos com diferentes momentos da tradição paisagística, e assomavam possibilidades de diálogos com tradições mais idealistas da arte itálica, ou com as naturalistas da arte inglesa e da francesa, como bem as mais românticas das tradições flamenga e germânica, quando não as do Luminismo da Escola do Rio Hudson e as da nossa herança dos artistas viajantes. Tudo isso era evocado em sínteses sugeridas pela própria paisagem real, a que estava sendo vista, estabelecendo esse constante pulso de intercâmbio entre natureza e cultura. Mais tarde, no ateliê, inspirado pela memória desses momentos, compus alguns capricci, fantasias panorâmicas construídas com a síntese de todas essas referências. Como esboços de uma paisagem universal não só da natureza, mas da cultura.