2009-2011
I started the Mobiles series right after an illness that kept me without seeing for nearly 8 months. During this time I thought continuously of some landscapes I’ve seen 1 year before, in some remote places of the Paranaguá Bay. And I found that my attention was driven to some features of the landscape, not the whole panorama. Still I got a general idea of the panorama that linked those observed spots all together in my memory. When I returned to my drawings I started to render these landscapes that persisted in my memory, but drawing the remembered spots only. The drawings were a disconnected panorama of 4, 5 loose and separate spots on the paper. The final balance between these fragmented memories was always depending on several and constant adjustments. Which drove to the peculiar “mobile” dinamics of these works. The first drawing was a very important moment, because it showed me that blank areas in memory could be blank areas on the paper as well, or simply a “jump” on the representation, a procedure that, by the end of the series, drove me to a more scopic method of representing space, with several skylines placed one above the other, a kind of “storytelling of vision” more than a static panorama. Memory and invention working and balacing themselves.
2009-2011
Eu comecei a desenhar a série Móbiles logo após uma doença que me manteve sem enxergar por quase 8 meses. Durante esse tempo pensei continuamente em algumas paisagens que havia visto 1 ano antes, em alguns lugares remotos da Baía de Paranaguá. E descobri que minha atenção estava voltada para algumas características da paisagem, não para todo o panorama. Ainda assim, tinha uma idéia geral do panorama que ligava aqueles pontos observados na minha memória. Quando voltei aos desenhos, comecei a trabalhar nessas paisagens que persistiam na memória, mas desenhando apenas os pontos lembrados. Os desenhos eram um panorama desconectado de 4, 5 pontos soltos e separados no papel. O equilíbrio final entre essas memórias fragmentadas dependeu sempre de diversos e constantes ajustes. O que levou à peculiar dinâmica “móvel” dessas obras. O primeiro desenho da série foi um momento importante, pois me mostrou que os espaços em branco na memória podem ser também espaços em branco no papel, ou simplesmente um “salto” na representação, procedimento que, ao final da série, me levou a um método mais escópico de representar o espaço, com várias linhas do horizonte colocadas uma acima do outra, uma espécie de “narrativa da visão” mais do que um panorama estático. Memória e invenção trabalhando juntas à procura de equilíbrio.